Três das maiores empresas de tecnologia do mundo – Amazon, Apple e Google – decidiram deixar a rivalidade de lado por ora e vão, juntas, fazer parte de um projeto que visa acelerar e facilitar o desenvolvimento de produtos domésticos inteligentes. O anúncio foi feito nessa última quarta-feira (18), na Califórnia, por meio de um comunicado em conjunto.
O projeto foi batizado de “Project Connected Home Over IP”, que seria, em tradução literal, “Projeto de Casas Conectadas sobre IP”. A parceria é um acordo entre as gigantes, além de outras empresas do setor, para desenvolver um padrão para aparelhos inteligentes de uso doméstico, para garantir que sigam uma mesma norma de segurança e sejam compatíveis entre si.
De acordo com o comunicado, o principal objetivo é “desenvolver e promover a adoção de um novo padrão comum de conectividade livre de royalties para aumentar a compatibilidade entre produtos domésticos inteligentes, com segurança como um princípio fundamental”, afirma o texto em conjunto.
Sendo mais simplista possível, as empresas pretendem criar um padrão único de programação e conectividade para todas as empresas que fabricam produtos inteligentes, tornando o desenvolvimento mais fácil para os fabricantes e aumentando a compatibilidade dos consumidores.
Atualmente, os dispositivos inteligentes usam diferentes padrões de conectividade. Na prática, significa que dispositivos domésticos inteligentes – como luzes e outros aparelhos eletrônicos – não são necessariamente compatíveis com cada auto-falante inteligente. É exatamente isso que o projeto pretende mudar.
Embora a ideia faça com que mais gadgets passem a funcionar nos dispositivos dessas empresas, ela não vai padronizar os recursos e diferenciais das companhias. Por exemplo, não será possível ouvir a voz da Siri no Echo Dot da Amazon, ou falar com a Alexa utilizando o HomePod da Apple.
Ao aproveitar um padrão, o grupo espera otimizar a experiência do consumidor. “O projeto complementará as tecnologias existentes e os membros do grupo incentivam os fabricantes de dispositivos a continuar inovando, usando as tecnologias disponíveis hoje”, diz o texto em conjunto.
Não foi informada uma data exata para implementação do novo serviço, mas a estimativa é de que deve sair “no final de 2020”.