Todos sabemos que o principal problema do Android hoje é a fragmentação, já que o sistema precisa ser otimizado para rodar em milhares de dispositivos diferentes, e isso sempre atrasou as atualizações, além de fazer com que as empresas “abandonem” vários aparelhos mais antigos para não precisar atualiza-los e corrigir bugs, etc.
Porém, a Google pretende mudar esse cenário mudando o ciclo de atualização e aprovação a partir do Android 10.
Segundo documento obtido pelo site XDA Developers, a Google não irá licenciar os apps que formam a Google Mobile Services (GMS), que é a suíte de aplicativos da empresa, composta por Google Play Store, Google Drive, Gmail, entre outros, em aparelhos que rodem versões anteriores ao Android 10 em 2020.
As fabricantes precisam licenciar essa suíte de app para que eles possam rodar nos smartphones, e isso requer a autorização do Google. E nessa etapa, a Big G pretende barrar a licença dos smartphones que estiverem desatualizados.
Segundo o documento, a partir de 1 de fevereiro de 2020, novos aparelhos que estiverem rodando Android Pie (versão 9.0) ou inferiores não serão licenciados.
O objetivo da empresa é fazer com que as marcas coloquem à venda apenas modelos rodando a versão mais recente do sistema Operacional, o Android 10.
Essa talvez seja a mudança mais impactante que a Google já fez no sistema de certificação e homologação do Android junto aos fabricantes. É esperado que todos os anúncios de aparelhos a partir de fevereiro, independente da categoria, seja básico, intermediário ou high end, sejam com Android 10.
Vale lembrar que essa mudança não interfere no cronograma de atualização de dispositivos para o Android 10, visto que ela se aplica apenas a novos modelos.