Recentemente, o Mercado Livre publicou em seu site que os Correios estaria aumentando em 51% o valor das entregas a partir de 6 de março. No entanto, em uma postagem em seu blog, os Correios esclareceram que, ao contrário do que foi divulgado, o aumento será de 8%. Além disso, a estatal deixou claro que o ajuste não é para o e-commerce, e sim para todos os serviços de encomendas.
A decisão faz parte de uma revisão anual, prevista em contrato, baseada no aumento dos custos relacionados a prestação de serviços, considerando gastos com transporte, aluguéis de imóveis, combustível, etc. Segundo os Correios, a nota feita pelo Mercado Livre é tendenciosa. A Argentina, país citado pelo ML, possui um terço da extensão territorial do Brasil, além disso, 40% de sua população está concretada na região metropolitana de Buenos Aires.
Já a maior cidade do Brasil, tem 10% da população do país. A Colômbia, outro país citado, é seis vezes menor que o Brasil, sendo assim, o custo para manter a logística é bem menor, enquanto no nosso país a presença dos Correios em todo território nacional custa bem mais. Os problemas relacionados a segurança em diversas cidades do Brasil são algo levado em consideração pelos Correios.
No Rio de Janeiro, por exemplo, a violência cresceu bastante, fazendo com que os custos para entregar encomendas nessas regiões aumentassem, sendo assim, foi estabelecido uma cobrança de R$ 3 por pacote para regiões de risco. O órgão destaca que essa cobrança já é feita por outras transportadoras desde março de 2017.
Os Correios deixaram claro que a parceria com o e-commerce brasileiro é muito importante, afinal, a mesma possibilita a comercialização de produtos de micro, pequenas e médias empresas, que optam pelas vendas online graças aos pacotes de benefícios dos Correios, que podem reduzir os preços de fretes SEDEX e PAC em 30 e 13%, respectivamente. Por fim, segundo a empresa, essa decisão foi bem pensada, buscando o menor impacto possível para manter a relevância do e-commerce.