Os primeiros aparelhos com a nova tecnologia 5G ainda estão começando a chegar no mercado global de smartphones, mas já temos um impasse em terras brasileiras.
Segundo o novo presidente da Anatel, para implantar a nova tecnologia em nosso país teremos que fazer uma escolha. Ou poderemos ter poucas operadoras com disponibilidade da nova rede 5G operando a todo vapor, ou teremos muitas operadoras disponibilizando o serviço mas com qualidade reduzida.
Isso ocorre porque infelizmente só temos 200MHz de banda livre dentro da faixa ideal para o 5G que é de 3,5MHz. Se formos dividir esses 200MHz com as 4 maiores operadoras do país, estas terão acesso a apenas 50MHz de banda. Isso é insuficiente para que as mesmas consigam oferecer um serviço dentro da qualidade esperada para o 5G. Para se ter ideia, são necessários no minimo 100MHz para cada operadora.
O resultado seria algo que já vem ocorrendo com outras tecnologias como o próprio 4G. Temos acesso ao serviço mas muitas vezes em qualidade ruim ou péssima. Para Leonardo, a equação é simples: nas atuais circunstâncias, quanto mais operadoras menor qualidade.
Entretanto, a agência já pensa numa solução paliativa para o caso. A ideia dele é fazer um leilão com um conjunto de frequências para 4G e outro para 5G. Com isso, as empresas poderiam adquirir seus lotes de acordo com o enfoque que quer dar a seu mercado.
Entretanto, para quem está ansioso pela chegada da nova tecnologia, é bom não se animar muito. Os primeiros leilões só devem ocorrer entre o fim de 2019 e início de 2020. Leonardo explica que a agência brasileira vai aguardar uma padronização mundial da nova tecnologia primeiro antes de tentar implanta-la no Brasil, até mesmo para termos uma tecnologia mais barata e internacionalizada.