Como se já não bastasse o aumento na conta de luz, gasolina e outros bens de consumo, agora o governo pretende aumentar a taxa do Fistel (Fundo de Fiscalização das Telecomunicações) em 189%, isso fará com que os serviços de telefonia aumentem pelo menos 20% em todas as operadoras de telefonia móvel do Brasil.
De acordo com as empresas de telecomunicações se o reajuste realmente acontecer, muitos clientes abandonarão os planos e isso fará com que as mesmas percam diversos consumidores, inclusive os de baixa renda que serão os mais atingidos. Em uma estimativa feita por elas, a queda de consumidores seria entre 30 e 40 milhões que utilizam linha pré-paga, o que logicamente prejudicaria o quadro da telefonia no país.
Existem dois valores requeridos pelo imposto onde são divididos nas seguintes cobranças: a TFI (Taxa de Fiscalização e Instalação) que subiria de R$ 26,83 para R$ 77,54 (essa taxa se baseia por cada linha nova que é ativada e é paga apenas uma vez) e TFF (Taxa de Fiscalização e Funcionamento) que iria de R$ 13,42 para R$ 38,77 ao ano (taxa cobrada por linha ativa para continuar ativa, e é cobrada todo ano).
Segundo o presidente-executivo do SindiTelebrasil Eduardo Levy, o brasileiro tem um gasto médio de R$ 12,60 ao mês com seu aparelho pré-pago ou R$ 151,20 por ano, isso rende R$ 1,39 de lucro para as operadoras. Com a mudança na taxa do Fistel, o imposto engoliria R$ 4,63 do total de R$ 12,60 mensais pagos pelos clientes e isso traria um enorme prejuizo para as companhias se mantivessem o mesmo valor, o que torna inviável essa saída.
A Anatel e o Ministério das Comunicações são contra o aumento do Fistel.