A nova modalidade do aplicativo de transporte particular de passageiros mais famoso do país mal estreou mas já tem seus primeiros inimigos. Empresas de ônibus da cidade de São Paulo pedem que o “Uber Juntos” seja banido da cidade. A alegação é de que o serviço se configuraria em transporte ilegal de passageiros.
Segundo o sindicato das empresas de transporte urbano da cidade, a concorrência com esta modalidade é predatória. Para eles, a empresa Uber estaria extrapolando seus limites permitidos pela lei de mobilidade urbana de 2012.
O serviço que foi implantado apenas em 03 cidades do país por enquanto: São Paulo, Rio de Janeiro e Niterói, funciona da seguinte maneira: existem espécies de pontos de embarque e desembarque de passageiros espalhados por locais estratégicos da cidade e um sistema autônomo combina viagens individuais que tenham percursos em comum entre diferentes usuários.
Com a combinação, os passageiros podem dividir a viagem e deixar seu custo mais baixo. Para isso basta selecionar a modalidade no app e estar ciente de que irá dividir o carro com outras pessoas. Entretanto, a Uber deixa claro que nem sempre será necessário se dirigir a um dos pontos centrais para embarcar e o desembarque também poderá ocorrer fora dos pontos.
A NTU, Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos é uma das entidades contra o serviço. Ela alega que caso o serviço permaneça funcionando, irá liquidar o transporte público por meio de ônibus. Isso poderia gerar um desemprego em massa além de diversos impactos na economia.
Por outro lado, a Uber rebate afirmando que o serviço não se configura num transporte coletivo de passageiros. Na verdade é apenas um serviço que junta viagens individuais particulares que fariam o mesmo trajeto de modo fatorado. Isso segundo a empresa diminui o fluxo de carros em áreas centrais.