A Oi, quarta maior empresa de telecomunicações do Brasil, anunciou hoje, segunda-feira (20), que entrou com pedido de recuperação judicial no Rio de Janeiro.
“Considerando os desafios decorrentes da situação econômico-financeira das empresas Oi à luz do cronograma de vencimento de suas dívidas financeiras, ameaças ao caixa das empresas Oi representadas por iminentes penhoras ou bloqueios em processos judiciais, e tendo em vista a urgência na adoção de medidas de proteção das empresas Oi, a companhia julgou que a apresentação do pedido de recuperação judicial seria a medida mais adequada, neste momento”, informou a operadora, em comunicado.
A operadora encontra-se atolada em dívidas. São mais de R$ 65 bilhões negativos, algo que ultrapassa, de longe, os R$ 3 bilhões em valor de mercado que a empresa possui.
Além disso, no começo deste mês, o diretor-presidente da empresa, Bayard De Paoli Gountijo, renunciou ao cargo após 14 anos fazendo parte do quadro de funcionários da empresa. Quem assume o seu posto é o Marco Norci Scroeder, eleito pelo conselho administrativo da companhia.
A empresa também informou que não prevê mudanças no quadro de funcionários ou de gestão das empresas Oi em razão da recuperação judicial. “Todas as obrigações trabalhistas da companhia e benefícios atuais serão mantidos normalmente”, disse a empresa.
A Oi tem 138 mil funcionários diretos e indiretos, 37 mil apenas no Rio de Janeiro, onde fica sua sede, e presta serviços nos ramos de telefonia fixa (Oi Fixo), internet fixa (Oi Velox), móvel (Oi) e tv por assinatura (OiTV).