O Nubank, startup brasileira responsável por um dos cartões de crédito mais “cobiçados” do país, acaba de levantar US$ 150 milhões em investimento, sendo essa a sexta rodada desde sua fundação em 2013. O valor permitirá a empresa, que já emitiu mais de 3 milhões de cartões de crédito, acelerar o processo para se tornar um banco digital.
Em uma entrevista, David Vélez, fundador e presidente executivo do Nubank, disse que a empresa é controlada pelos mesmo sete sócios. “Conseguimos gerar caixa e ainda crescemos a uma velocidade rápida com o cartão. Estamos trabalhando para lançar novos produtos”, disse ele. Além de oferecer uma conta-corrente, que ainda está em fase de testes, a empresa estuda áreas de investimento e empréstimo.
David revelou pela primeira vez que, assim como o PagSeguro e 99, o Nubank é uma das startups avaliada em US$ 1 bilhão. Os recursos adquiridos nessa rodada de investido, possibilitarão a emissão de mais cartões, além de tornar a empresa menos suscetível a inadimplência. O executivo revelou que, no total, mais de 13 milhões de brasileiros solicitaram um cartão Nubank, mas apenas 20% deles receberam. A falta de um sistema de pessoas que paguem em dia e a crise econômica do país, tem sido um dos principais motivos para a empresa ser mais conservadora na emissão de cartões.
O Nubank também oferece um programa de fidelidade chamado “Nubank Rewards”, além da conta-corrente “NuConta”, que é considerada pelos especialistas um passo importante para a companhia se tornar um banco digital. Com a alta demanda, a empresa segue contratando. Em 2017, o Nubank fechou o ano com 750 funcionários, mas agora, o número saltou para 900. Sendo assim, um novo escritório deve ser aberto no segundo semestre.
Especialistas acreditam que o maior desafio para o Nubank será continuar crescendo no mesmo ritmo, pois atualmente, o número de cartões emitidos aumenta 10% ao mês. Além disso, a empresa terá que continuar trazendo inovações devido a grande concorrência, já que nos últimos meses, vários bancos tem lançado contas digitais que fazem uso de app, como o Bradesco, ao apresentar o “Next”.
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