Muito se fala como será o mercado para a Microsoft após o lançamento do Windows 10, que ocorrerá na tarde de hoje. O intuito do próximo Windows é unificar todos os produtos da empresa usando o mesmo sistema operacional, independentemente de qual aparelho será usado: computadores, smartphones, tablets ou consoles. Um dos grandes motivos para essa reviravolta no conceito de plataforma para a Microsoft é a sua incansável luta para atrair desenvolvedores e clientes para suas plataformas móveis, Windows Phone e Windows RT, que cresce, mas num ritmo e diversidade menores que seus concorrentes.
O Windows Phone é, atualmente, uma marca e um sistema operacional reconhecidos por praticamente todas as pessoas que tem contato com o mundo dos smartphones, é inegável reconhecer o valor que a marca possui no mercado, pois, entre gigantes como o Android e o iOS, ela consegue brigar com seus rivais e superá-los em alguns mercados pelo mundo. Entretanto, se levarmos em consideração que a marca Windows em si já possui um legado enorme, trazida por anos e anos de supremacia nos computadores e laptops mundo a fora, não seria algo de outro mundo a Microsoft “desistir” da marca Windows Phone e batizar a próxima versão do sistema da mesma forma que será chamada nos computadores: Windows 10.
A estratégia da empresa pode ser reaproveitar o Windows RT, sistema para tablets ARM que roda no Surface 2, por exemplo, no Windows Phone e usá-lo como um único ambiente para dispositivos ARM. Em seu ambiente de desenvolvimento, a Microsoft vem cada vez mais integrando aplicativos para Windows Phone e Windows RT, tanto que recentemente a própria empresa divulgou que há, somando as duas lojas, mais de 500 mil aplicativos para dispositivos móveis com o Windows. Porém, mesmo com esse número, a Microsoft ainda não consegue competir com as lojas da Apple e Google, que já passaram dos um milhão de apps há algum tempo, mesmo com o a ótima aceitação que a gigante de Redmond conquistou com brasileiros e mexicanos, é em casa que ela deve fazer sua lição de casa. Um dos principais mercados e fábrica de desenvolvedores do mundo está nos Estados Unidos, e não vem de lá o maior número de interessados em investir na plataforma da Microsoft e uma curiosidade sobre as atitudes da empresa é que, em alguns casos, os apps que ela desenvolve para suas próprias rivais são, de certo modo, mais caprichados e recebem maior atenção do que a versão encontrada em sua plataforma (o ditado “na casa de ferreiro, espeto é de pau” cai bem nesse caso, não?!).
Um dos nichos que, sem sombra de dúvidas, será muito beneficiado com essa integração que o Windows 10 trará é o de jogos para Windows, caso tudo se confirme. Os novos rumores apontam para o que podemos chamar de uma jogatina realmente multiplataforma, já que seria possível comprar um jogo e acessá-lo de qualquer dispositivo Windows. Se você pensou que, algum dia, poderia comprar um jogo no seu Xbox e jogá-lo no seu PC, ou até mesmo o contrário, parece que esse dia chegou, de acordo com Tom Warren, especialista no mundo Microsoft, disse no The Verge.
Esperamos que com a chegada do Windows 10 a Microsoft arregace as mangas e mostre para o que veio em todas suas plataformas e nichos de mercado, ela demorou tempo suficiente para amadurecer sua marca no mercado móvel e não pode se dar ao luxo de decepcionar seus consumidores agora, principalmente com a proposta incrível que o novo Windows trará consigo.