A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) adiou mais uma vez um dos primeiros passos para começar a implementação da tecnologia 5G no país. Com mais esse atraso, já que a decisão já havia sido adiada antes, a previsão agora é de que o edital saia apenas no segundo semestre no ano que vem, e por isso, a tecnologia deve começar a ser liberada para funcionar a partir de 2021.
Esse adiamento aconteceu por um desentendimento entre os conselheiros da Agência, já que o relator do processo, Vicente Aquino, propôs um plano de divisão de frequências em lotes para dar espaço para pequenas operadoras.
Em seguida, o conselheiro Emanoel Campelo fez um “pedido de vista”, que significa uma solicitação de adiamento para quem uma pessoa possa analisar melhor o projeto. Isso adiou a decisão para realização de debates, e o grupo já estava dividido, e as grandes empresas do setor não gostaram da divisão.
Agora, na última reunião do ano, ocorrida na última quinta-feira (12), Campelo propôs um retorno às regras originais, e Aquino pediu novo adiamento, que foi negado pelo presidente da Agência, porém, outro conselheiro, Moisés Moreira, solicitou vistas em seu próprio nome e conseguiu travar o processo.
Na prática, isso implica em voltar o edital para consulta pública, para só em seguida iniciar os processos de realização do leilão das frequências com as operadoras – 700 MHz, 2,3GHz, 3,5GHz e 26GHz. Além disso, as empresas de infraestrutura em telecomunicações que vão trabalhar com elas também serão definidas nesse período. Lembramos que a Huawei pretende participar desse processo.
Além do atraso no leilão, o 5G brasileiro ainda tem outros obstáculos, como uma possível interferência de uma das frequências com o sinal de antenas parabólicas, e uma questão política que envolve a Huawei, graças a guerra comercial entre os Estados Unidos e a fabricante, onde o Brasil tem negócios com ambos.
Será que aqui no Brasil, onde nem o 4G funciona direito ainda, é hora pra se pensar em 5G ? Deixem nos comentários